Notas sobre Sólidos
Platónicos e Simetrias
Departamento de Matemática – Instituto Superior Técnico
(28 de Junho de 2006)
Resumo
Os alunos serão guiados a
resolver alguns desafios mencionados ao longo do texto. Ao construir poliedros
regulares, os alunos irão encontrar a fórmula de Euler, que quando
aplicada a um dado poliedro regular convexo se conclui que esse poliedro terá
de ser um dos cinco Sólidos Platónicos.
Discute-se o aparecimento de
poliedros em estruturas moleculares da Biologia/Química. Finalmente introduz-se
a noção de simetria e calcula-se o grupo das simetrias do
tetraedro. Dado o uso de animações estas notas devem ser lidas usando a ligação
via internet da página do encontro.
Conteúdo
1 Introdução
2 Construção dos Sólidos
Platónicos e a fórmula de Euler
3 Classificação dos Poliedros
regulares
4 Simetrias
5 Bibliografia
1 Introdução
Os poliedros são estudados desde a Grécia Antiga na
escola de Pitágoras, 600 aC, embora haja evidencia de que os Povos Neolíticos que
viveram na Escócia tinham esculpidos alguns destes sólidos 1000 anos antes.
Alguns destes modelos, ver figura 1,
encontram-se no Museu Ashmolean em Oxford,
Reino Unido.
FIG 1: Modelos Neolíticos dos Sólidos Platónicos
Os poliedros ilustrados na figura 2 tiveram um papel crucial na
Filosofia de Platão, que serão os nossos objectos de estudo.
FIG 2: Tetraedro Cubo (Hexaedro)
Octaedro
Dodecaedro Icosaedro
Na sua
admiração e entusiasmo (porquê só cinco?) pela Geometria, Euclides e a Grécia
Antiga, chamou a estes os Sólidos Platónicos associando-os aos átomos do
universo. Da mesma forma que hoje nós acreditamos que toda a matéria é feita de
combinações de átomos, também na Grécia Antiga se acreditava que a matéria era
feita com os sólidos Platónicos.
Também se acreditava que toda a matéria também tinha o lado místico. Assim, no diálogo Timaios, Platão associou o tetraedro ao elemento fogo, o cubo à terra, o icosaedro à água e finalmente o dodecaedro ao quinto elemento (o universo).
Pitágoras (569? aC—475 aC)
Platão (427 aC—347 aC)
Euclides (325 aC—265 aC)
O cubo, tetraedro e o dodecaedro tinham sido considerados pelos
pitagóricos, e os restantes por Theætetus – amigo de Platão
-- que pensava que o universo
estava envolvido por um dodecaedro gigante.
Os pitagóricos sabiam que existiam apenas cinco regular sólidos
regulares convexos e que cada um podia ser rigorosamente circunscrito por uma
esfera. Euclides descreve estes sólidos no seu livro Elementos, parte XIII, da
proposição 13 à proposição 17, onde se encontra o argumento heurístico de que
estes são os únicos sólidos regulares. O matemático Euler fez a demonstração
deste resultado no séc. XVIII.
Kepler no início do séc. XVII, sugeriu associar os Sólidos
Platónico aos planetas conhecidos nessa altura: Mercúrio, Vénus, Marte, Júpiter
e Saturno.
Euler
(1707---1783) Kepler (1571---1630)
FIG 3: Triângulo Equilátero
Quadrado Pentágono
Regular Hexágono Regular
b) Repita o processo descrito em a) com quatro triângulos à volta do mesmo vértice, depois com cinco, seis, etc. O que está obtem?
Desafio
2:
a) Cole três quadrados à volta do mesmo vértice. A partir daqui construa um sólido com o mesmo tipo de vértice. O que obteve?
b) Repita este processo com quatro, cinco,... quadrados à volta do mesmo vértice. Qual é a conclusão?
Desafio
3:
a) Ligue três pentágonos à volta do mesmo vértice. A partir daqui construa um sólido com o mesmo tipo de vértice. O que obteve?
b) Repita este processo com quatro, cinco,... pentágonos à volta do mesmo vértice. Qual é a conclusão?
Desafio
4:
a) Cole três hexágonos à volta do mesmo vértice. A partir daqui construa um sólido com o mesmo tipo de vértice. O que obteve? Conseguiu construir um sólido?
Obtém-se assim os cinco Sólidos Platónico e facilmente se conclui a seguinte tabela (como exercício, use a planificação destes sólidos para preencher esta tabela).
Propriedades básicas dos Sólidos Platónicos |
||||||
Sólido |
Faces |
Arestas que |
Vértices |
Arestas |
Arestas |
Sólido Dual |
Tetraedro |
4 |
3 |
4 |
3 |
6 |
Tetraedro |
Cubo |
6 |
4 |
8 |
3 |
12 |
Octaedro |
Octaedro |
8 |
3 |
6 |
4 |
12 |
Cubo |
Dodecaedro |
12 |
5 |
20 |
3 |
30 |
Icosaedro |
Icosaedro |
20 |
3 |
12 |
5 |
30 |
Dodecaedro |
Sólidos Platónicos (clique em cima de cada
imagem e faça rotações) |
||||
Tetraedro |
Cubo |
Octaedro |
Icosaedro |
Dodecaedro |
Formula de Euler (facto elementar da moderna topologia algébrica – ramo
da Matemática): Seja P um poliedro convexo (não necessariamente regular), então
temos:
F – A + V = 2, |
onde F, A e V, denotam o número total de faces, arestas e vértices
(respectivamente) do poliedro. Notamos que a primeira prova desta fórmula foi feita
por Cauchy.
Desafio 5: Verifique a validade
da fórmula de Euler em cada um dos sólidos Platónicos!
Ligando os centros de todos as faces adjacentes de cada Sólido
Platónico obtém-se assim um outro sólido (mais pequeno) que é novamente um
Sólido Platónico. Designa-se por sólido dual a este sólido que se obteve a
partir do inicial.
FIG 4: O dual do Cubo é o
Octaedro
Como exemplo, temos que o Octaedro é o sólido dual do Cubo, como
ilustra a figura 4.
Como o número de faces (vértices) do sólido
dual é por construção igual ao número de vértices (faces) do sólido original,
podemos então concluir a validade da última coluna da Tabela preenchida em
cima.
Dualidade (clique em cima de cada imagem para fazer rotações) |
||||
Dual do tetraedro |
Dual do cubo |
Dual do octaedro |
Dual do dodecaedro |
Dual do icosaedro |
3 Classificação dos Poliedros Regulares
DEFINIÇÃO:
1. Uma linha poligonal é
uma sequência finita, fechada, de segmentos de rectas num mesmo plano. A esses
segmentos de recta chamam-se arestas e os pontos onde as arestas se intersectam
denominam-se por vértices. Em particular duas arestas podem intersectarem-se no
máximo num vértice. A superfície plana delimitada pela sequência pela linha
poligonal designa-se por polígono.
2. Poliedros (poli = muitos; hedros = faces) são
sólidos delimitados por polígonos.
3. O
poliedro diz-se regular se as suas faces são todas iguais assim como as suas
arestas e vértices. Isto implica que as faces são todas feitas do mesmo
polígono regular.
4. Um poliedro é convexo se dados dois pontos no
poliedro então qualquer ponto no segmento de recta entre esses pontos ainda
pertence ao poliedro.
Note que o número de
polígonos regulares é infinito:
....
Para entendermos melhor a noção de
convexidade o melhor é descreve-la geometricamente em superfícies planas como
na figura que se segue:
FIG 5:
Não Convexo
Convexo
É óbvio ver que todos os Sólidos Platónicos são de facto poliedros
regulares convexos, pelo que a pergunta natural que se impõe é: Haverá outros
poliedros regulares convexos?
O seguinte resultado, com a sua prova, respondem cabalmente a esta
questão de forma negativa.
TEOREMA:
Os sólidos Platónico são os únicos
poliedros regulares conexos.
DEMONSTRAÇÃO:
Suponhamos que temos N faces (cada face um polígono com K arestas) que
se encontram num só vértice. Então o ângulo de cada canto do poliedro é T=(K
- 2)p/K: isto porque basta considerar o polígono que tem K arestas e formar K triângulos concêntricos como da figura em abaixo, para o caso K=7.
Como a soma de todos os ângulos adjacente ao vértice do centro do
polígono é de 360º=2p, temos que cada um
tem 2p/K radianos. Considerando o triangulo
rectângulo destacado (de cor amarela) no último polígono em baixo, temos que os
ângulos valem p/K, p/2 e
T/2, mas como a soma dos
ângulos internos é de 180º=p,
concluímos:
p/K + p/2+T/2=p, |
Portanto
T/2=p-p/K-p/2= (2Kp-2p-Kp)/(2K)=(Kp-2p)/(2K), |
pelo que T=(K - 2)p/K.
FIG 6: Polígono
regular com K=7 arestas
Uma vez que o poliedro é convexo e
temos R ângulos adjacentes ao
vértice:
N (K
- 2)p/K < 2p , |
porque a soma das amplitudes dos
ângulos internos dos diversos triângulos adjacentes, no vértice, ser inferior a
360º. Portanto
(N - 2)(K - 2) < 4. |
Logo os únicos
inteiros que satisfazem esta desigualdade são:
(K, N)= (3, 3), (4, 3), (3, 4), (5, 3),
(3, 5), |
que são
precisamente os sólidos Platónicos!
FIM DA DEMONSTRAÇÃO.
Desafio
6:
fazer a correspondência entre os Sólidos Platónicos e os pares (3, 3), (4, 3), (3, 4), (5, 3), (3, 5) obtidos
na prova do teorema anterior.
Observação: Também se pode usar a
fórmula de Euler para provar este teorema. A prova é como segue:
O formula de Euler diz-nos que:
F – A + V = 2. |
Cada poliedro tem n
faces, cada face tem k arestas e p vértices. Facilmente concluímos que
F=n, A=nk/2, V=nk/p. |
Em particular,
2 A=kF=pV, |
pelo que
a fórmula de Euler para este poliedro implica:
2A/k – A + 2 A/p=2, |
2 A(1/k+1/p) =
A+ 2, |
1/k+1/p= 1/2+ 1/A, |
Portanto: 1/k+1/p
>1/2, |
Sabemos que n tem de ser
maior ou igual a 4, uma vez que não podemos construir um poliedro fechado cujo
número de faces seja menor ou igual a 3. Obviamente que k tem de ser
maior ou igual a 3 assim como p, pelo que facilmente chegamos ao
resultado apresentado da tabela seguinte:
K |
p |
Poliedro |
3 |
3 |
Tetraedro |
3 |
4 |
Octaedro |
3 |
5 |
Dodecaedro |
4 |
3 |
Cubo |
5 |
3 |
Icosaedro |
As duas provas que acabamos de elaborar são exemplos de como se elabora
e demonstra uma afirmação (ver o enunciado do teorema) Matemática
abstracta/moderna, baseando-nos em conceitos/definições previamente
estabelecidos e justificados.
Nota 1
Os Sólidos de Arquimedes ou poliedros semi-regulares são, grosso modo, poliedros convexos cujas faces são polígonos regulares de mais de um tipo. Todos os seus vértices são congruentes, isto é, existe o mesmo arranjo de polígonos em torno de cada vértice. Além disso, todo vértice pode ser transformado em outro vértice por uma simetria do poliedro. Existem apenas treze poliedros arquimedianos e são todos obtidos por operações sobre os Sólidos Platónicos. A título de exemplo, um deles designa-se por Icosaedro truncado e que é usada na moderna bola de futebol: 32 faces, 12 pentágonos, 20 hexágonos:
FIG 7: Construção da bola de futebol a partir do Icosaedro
Obtém-se assim a (moderna) bola de futebol:
FIG 8: Icosaedro truncado (ou bola de
futebol ou ainda a molécula do
futeboleno C60)
O Icosaedro truncado reencontrou
novas e interessantes aplicações com a descoberta da molécula do futeboleno C60 (buckminsterfullereno ou buckyball) que foi comunicada num artigo da
revista Nature, em 1985, por H. W. Kroto, J. R. Heath, S. C. O'Brien, R.
F. Curl e R. E. Smalley. O primeiro e os dois últimos foram galardoados
com o prémio Nobel da Química de 1996. Esta descoberta marca o início de uma
nova área do conhecimento: a nanotecnologia. A molécula tem uma estrutura
semelhante a uma bola de futebol. É constituída por 60 átomos de carbono, que
formam 12 pentágonos e 20 hexágonos. Faz-se notar que se descobriu recentemente que muitos vírus, p.ex. o vírus
da herpes, têm a forma de icosaedro!
Aliás, a
ligação entre a estrutura geométrica dos átomos e alguns sólidos já tinha sido
referida pelo próprio Platão, por exemplo: o sal mineral, i.e. cloreto de sódio
NaSl, aparece na forma de cristais
cúbicos; floreto de cálcio CaF2 na
forma de octaedro e a
pirite, i.e. Disulfito de Ferro FeS2 na forma de dodecaedros.
Os duais dos Sólidos de Arquimedes são designados por Sólidos de
Catalan e a fórmula de Euler é válida para os poliedros convexos!
Nota 2
Uma vez que
todos os poliedros convexos estão classificados é natural perguntar se haverá
poliedros convexos que não sejam regulares?
Kepler, em
1619, descobriu dois poliedros que são simultaneamente regulares e não
convexos: o pequeno dodecaedro estrelado e o grande dodecaedro estrelado.
Dois
séculos mais tarde provar-se-ia que existem apenas nove poliedros regulares: os
cinco sólidos platónicos e quatro poliedros regulares não convexos - os
Poliedros de Kepler-Poinsot.
Um Poliedro de Kepler-Poinsot é um poliedro regular não convexo.
Todas as suas faces são polígonos regulares iguais. E em todos os vértices
encontram-se o mesmo número de faces (comparar com Sólidos Platónicos).
Existem quatro Poliedros de Kepler-Poinsot:
Poliedro
de Kepler-Poinsot |
Imagem (clique em cima de cada imagem para fazer rotações) |
Faces |
Vértices |
Arestas |
Pequeno dodecaedro estrelado |
12 Pentagramas regulares |
12 |
30 |
|
Grande dodecaedro estrelado |
12 Pentagramas regulares |
20 |
30 |
|
Grande dodecaedro |
12 Pentágonos regulares |
12 |
30 |
|
Icosaedro estrelado |
|
20 Triângulos equiláteros |
12 |
30 |
Desafio 7: A
formula de Euler não se verifica para dois deles --- Quais?
Assim temos apenas nove
poliedros regulares, sendo cinco convexos (sólidos platónicos) e quatro não
convexos (sólidos de Kepler-Poinsot).
Resumo:
(1) Existem exactamente
5 poliedros regulares convexos (os sólidos Platónicos)
(2) Existem exactamente 4 poliedros semi-regulares
e convexos (sólidos de Arquimedes)
(3) Existem exactamente 13 poliedros
regulares não convexos (sólidos de Kepler--Poinsot)
4 Simetrias
Na Matemática, o conceito de simetria é estudado através da noção de grupo. Podemos associar um grupo de simetrias
GP a cada
poliedro P,
que é o conjunto de transformações (isometrias
Euclidianas) que deixam o poliedro invariante. A ordem do grupo de
simetrias é precisamente o número de simetrias do poliedro (rotações e
reflexões).
Essas transformações fazem permutações entre os vértices do poliedro,
mas como o número de permutações entre n objectos é precisamente n-factorial n!, podemos concluir que a ordem do grupo GP é no máximo n!. Note-se que por definição 1!=1,
2!=2.1=2, 3!=3.2.1=6, ..., n!=n.(n-1)(n-2).3.2.1.
Claro está que fixando duas destas transformações, a sua composição (ou
produto) continua a ser uma transformação que deixa o sólido invariante!
FIG 9: Tetraedro
--- A permutação identidade
Em particular se considerarmos o poliedro P
como sendo o tetraedro T, podemos
concluir de imediato que a ordem do grupo de simetrias G_T de T é menor ou
igual a 4!=24, uma vez que T tem exactamente 4 vértices.
Reciprocamente
vamos formalmente enunciar e provar que de facto dada uma permutação entre 4
vértices, ela é pertence ao grupo de simetrias do tetraedro, da seguinte forma:
TEOREMA.
O grupo
de simetrias do tetraedro é o grupo de todas as permutações dos seus 4
vértices.
DEMONSTRAÇÃO.
Começamos por numerar os vértices do tetraedro como na figura 9. Vamos
denotar por O o
centro do tetraedro, ver figura 9. Considerando na figura 9 o eixo de rotação [AO], que passa pelo vértice 1 e o centro O, obtemos 2 rotações não triviais, rodando o
tetraedro sucessivamente em 360/3=120 graus. Como podemos repetir este
argumento pelos todos os vértices, obtém-se assim 2×4=8 simetrias de rotação.
Considere-se o eixo [OB] que liga os pontos intermédios de arestas opostas, as arestas [23] e
[14] na figura 9. Obtém-se uma nova simetria de rotação de T usando este eixo
de rotação, como na figura 10: o vértice 1 permuta com o vértice 4 e o vértice
2 permuta com o vértice 3. Podemos usar mais dois eixos e portanto obtendo mais
3 simetrias de rotação.
Claro que temos sempre a rotação trivial onde todo fica fixo, e que
será denotada por e.
FIG
10: Tetraedro – a permutação (14)(23)
Conclusão: já provámos a existência de 12 simetrias (de rotação).
Em seguida consideramos plano (34) que esta a cinzento na figura 11.
FIG 11: Tetraedro: Reflexão no Plano (34)
Encontramos uma nova simetria do tetraedro fixando os vértices 1, 2,
mas permutando os restantes, i.e. 3 e 4. Esta simetria S
não é de rotação mas sim de
reflexão. Note-se que SS=e. Agora a composição de cada uma das 12 rotações com
esta reflexão fornece-nos uma nova simetria (reflexão). Mais, todas elas são de
facto diferentes, uma vez que se existissem duas reflexões iguais provenientes
de duas rotações R1 e R2 , tais que
R1S= R2S |
então compondo à direita com S, obtinha-mos
R1SS= R2SS |
pelo que como SS=e é a simetria trivial, conclui-se que R1 = R2. Ora esta
conclusão é contraditória com o pressuposto de que as rotações são diferentes.
Portanto, temos 12 simetrias de rotação e 12 simetrias de reflexão do
tetraedro, como o grupo de simetrias tem no máximo 24 elementos, conclui-se que
de facto esta é a lista completa das simetrias do tetraedro.
FIM DA DEMONSTRAÇÃO.
Desafio (para casa): Determine os grupos de simetrias dos
restantes Sólidos Platónico. Verifique que os grupos de simetrias de um dado
sólido e do seu dual coincidem!
Como acabamos de verificar, os Sólidos Platónico contêm muitas
simetrias. Como dito em cima, o estudo das simetrias dos poliedros são parte da
teoria matemática dos grupos. No entanto, fazemos notar que na matemática e
física teórica modernas existem várias generalizações do conceito de teoria de
grupos, englobando as chamadas simetrias
quânticas. Em muitas situações os fenómenos físicos ficam descritos só
quando se recorre a estas novas simetrias, que poderão não ser descritas por
grupos! A título de curiosidade poderá encontrar (ver figura 12) aqui esse fenómeno
num Octacubo, figura 12, ver Ref. [7].
FIG
12: Simetrias Quânticas
5 Bibliografia
[1] Aníbal J. Almeida, “Correspondência
Privada.” Escola Secundária de S. Pedro do Sul.
[2] Atiyah, M. and
Sutcliffe, P. "Polyhedra in Physics,
Chemistry and Geometry." Milan
J. Math. 71, 33-58, 2003.
[3 Sítio da internet: Projecto Atractor.
[4]
Coxeter, H. S. M. "Regular
Polytopes", 3rd ed. New York: Dover, pp. 1-17, 93, and 107-112, 1973.
[5] Dorothy N. Marshall:
"Carved Stone Balls,"
Proceedings of the Society of Antiquaries of Scotland 180, pp. 40-72, 1976/77.
[6] Euclid. Book XIII in
"The Thirteen Books of the Elements", 2nd ed. unabridged, Vol. 3: Books
X-XIII. New York: Dover, 1956.
[7] Evans, D.E,
Kawahigashi, Y.: “Quantum Symmetries on Operator Algebras”,
Oxford University Press, 1998.
[8] Pappas, T.
"The Five Platonic Solids. The Joy of Mathematics". San Carlos, CA: Wide
World Publ./Tetra, pp. 39 and 110-111, 1989.
[9] Paulo J. F. Oliveira Coelho: "The
Euler-Descartes formula and the Platonic Solids", Externato
Cooperativo da Benedita.
[10] P. Slodowy: “Platonic Solids, Kleinian
Singularities, and Lie groups”. Algebraic
geometry (Ann Arbor, Mich., 1981), 102--138, Lecture Notes in
Math., 1008, Springer, Berlin, 1983.
[1] Estágio de iniciação científica para alunos dos 10º e 11º anos: 28 Junho -- 1 Julho 2006. Patrocínio: Centro de Análise Matemática, Geometria e Sistemas Dinâmicos.