A Escola de Inverno de Matemática (EIM) do IST, na sua 8ª edição, pretende ajudar-te na tua escolha.
Nesta escola vais encontrar um ambiente estimulante, onde matemáticos, da universidade e das empresas, vão falar de matemática, das suas aplicações, de investigação em matemática, e da matemática no mundo real. Terás ainda tempo e espaço para olhar, ouvir e pensar mais além.
A EIM, que decorrerá de 2 a 4 de fevereiro de 2016, está aberta a todos os alunos interessados, do final do primeiro ciclo e início do segundo ciclo do ensino superior, do IST ou de outras escolas, estudantes de matemática ou não.
Alunos de fora da região de Lisboa podem candidatar-se a apoio financeiro para despesas de alojamento.
A Teoria de Valores Extremos permite caracterizar acontecimentos extremos associados a valores elevados (ou baixos) de quantidades como precipitação, nível do mar, concentração de determinado poluente, medida de fadiga de determinado material, velocidade do vento, etc, estabelecendo leis limite para máximos (ou mínimos) amostrais convenientemente normalizados. Em particular, modelos existentes permitem extrapolar para além da informação amostral. Por exemplo, na estimação da probabilidade de que certo poluente atinja determinados níveis críticos nunca antes observados ou, na estimação do valor para o nível do mar correspondente a uma excedência média em cada 100 ou 10 000 anos, designado valor de retorno a 100 ou 10 000 anos.
Alguns dos modelos e métodos de estimação mais usuais serão abordados e enquadrados em diversas aplicações. Por exemplo, na construção de diques ou barragens com restrições impostas para níveis de retorno, e na análise de valores elevados de precipitação.
A discretização de operadores integrais foi entendida por Fredholm como um processo de generalizar conceitos matriciais, nomeadamente a noção de determinante. Nesse contexto, o núcleo de um operador integral pode ser visto como uma imagem, na relação directa que se estabelece entre imagens e matrizes. Uma maior regularidade desse núcleo integral, pode ser associada a uma imagem mais suave, mas traz problemas de estabilidade na inversão do operador integral, e de forma similar na inversão das matrizes associadas. Analisaremos brevemente algumas técnicas de regularização para o problema inverso, associadas à resolução problemas de recuperação de informação por medições sujeitas a ruído aleatório, com aplicações em problemas de engenharia e imagiologia médica.
Em inúmeros fenómenos de oscilação na Natureza surge a sincronização. O bater do coração, o emparelhamento das células cerebrais perante um estímulo que provoca a epilepsia, um feixe de luz laser, o caminhar sobre uma estrutura móvel, como no caso da Ponte do Milénio em Londres, a sincronização dos investimentos na bolsa, o acoplamento de osciladores na electrónica, o piscar sincopado dos pirilampos, os movimentos síncrono de cardumes e bandos de aves, todos estes fenómenos são sincronizações entre sistemas dinâmicos. A par do caos a sincronização é um dos fenómenos mais recorrentes na Natureza. Huygens, inventor do relógio de pêndulo, foi há 350 anos um dos primeiros matemáticos a observar esta sincronização entre dois pêndulos de dois dos seus relógios quando se encontravam na mesma parede. Mais tarde Adler observou o mesmo facto entre dois circuitos RLC. O caso dos pêndulos tinha vindo a ser estudado usando o modelo de base móvel, como acontece com os metrónomos que se podem ver em muitos filmes na internet, o que é outro exemplo de sincronização rápida na Natureza. Mas no caso dos relógios a sincronização é lenta, feita por pequenas perturbações que levam a uma sincronização muito estável e cujas equações são universais e semelhantes aos modelos de Adler. No fundo a diferença de fase obedece a uma iteração que tem um ponto fixo estável, naquilo que Adler já tinha observado em meados de 1946. Nesta história existem também mestres e escravos em oposição a parceiros com os mesmos direitos! Esta pequena série de palestras é uma viagem panorâmica por estes fenómenos, em que os estudantes têm apenas de conhecer a equação do oscilador harmónico e saber iterar uma função!
Com generalidade, a Física não é simulável. É uma grande surpresa ver como o problema da paragem dos algoritmos está relacionado com a simulação de uma teoria física... De um lado, temos a teoria física. De outro, temos a teoria da máquina de Turing, modelo de algoritmo. Que relação há entre estes dois mundos? Aparentemente nenhuma... A relação encontra-se nas virtualidades que os fenómenos naturais têm, quando interpretados no limite da teoria física, de manifestar o designado efeito de Zenão, processo que permite encapsular uma infinidade de eventos discretos num intervalo de tempo finito. É este o tema deste minicurso.
Slides Sessão 1; Slides Sessão 2; ArtigoNeste mini-curso apresentaremos a formulação geométrica da Teoria da Relatividade e algumas das suas aplicações, desde os radares de velocidade à expansão do Universo.
Haverá um debate sobre A matemática nas empresas, na 4ª-feira, 3 de fevereiro, às 15h, que contará com a participação de ex-alunos da LMAC e MMA (Tânia Ralha e Vitor Saraiva) que desenvolvem a sua atividade profissional em empresas de diversas áreas.
Este debate será moderado por Gabriel Pires, IST-UL e SPM.
Conceição Amado, Lina Oliveira, Maria João Borges, Paula Gouveia
Margarida Carvalho